quinta-feira, 22 de julho de 2010

Como manter a calma quando uma prova é “difícil”?



A derrota da seleção brasileira para a Holanda me fez lembrar de momentos por que passei durante minha vida de concurseira. A seleção, após tomar um gol e sofrer a expulsão de um jogador, ficou tão abalada emocionalmente que não conseguiu mais jogar, mesmo com tantos craques em campo.

Isso também aconteceu comigo, e com muitos amigos aprovados em excelentes cargos, mas nosso final foi diferente, pois conseguimos superar a dificuldade! Muitas vezes, ao abrirmos uma prova, tivemos a sensação de não saber nada. Isso mesmo, caro (a) amigo (a)! Pareceu que aquela prova era para outro concurso, para o qual não havíamos estudado!

Quer um exemplo? A prova de Administração Financeira e Orçamentária (AFO), no concurso de analista. A primeira sensação que tive, ao começar a resolver as questões, foi de “onde estou e quem sou eu”? Isso porque as questões cobradas foram muito diferentes das de outros concursos da ESAF, que utilizei como material de estudo em minha preparação. Além disso, pela proximidade da prova com a de auditor, minha preparação foi muito curta nessa matéria. Graças a Deus e à experiência em concursos, mantive a calma durante a prova, e obtive 50% de acerto. Entretanto, muitos colegas foram eliminados em AFO por falta de equilíbrio emocional, pois tinham estudado bem mais que eu, que só me dediquei à matéria na semana anterior à da prova objetiva. E esta dedicação nem foi exclusiva: dividi o curto tempo de estudo para AFO com Administração Geral e Direito Internacional Público!

O que fazer em momentos assim? Vou dizer o que eu fiz (não só neste como em outros concursos) para garantir a aprovação mesmo diante de uma prova “difícil”:

1) Respirar fundo!

2) Confiar em si mesmo. Você deve pensar que, se você estudou, é capaz de fazer a prova. Você sabe o suficiente para passar. A banca elaborou as questões para que pessoas como você pudessem fazer pelo menos o mínimo em cada matéria, caso contrário ninguém passaria no concurso!

3) Pense no mínimo que precisa fazer, e garanta-o. Para isso, comece pelas questões mais fáceis. Geralmente, já nesta fase garantimos metade do mínimo. Na prova de AFO, em que precisávamos acertar quatro questões para conseguir o mínimo, pelo menos duas questões eram bem fáceis.

4) Depois das questões mais fáceis, resolva aquelas em que você está em dúvida entre dois itens. Neste momento, você já garantiu algumas questões mais fáceis, e por isso consegue pensar mais claramente para perceber alguma “pegadinha da banca” na hora de decidir entre as alternativas. Aqui você deve considerar que acertará pelo menos a metade dessas questões. Exemplo: se isso aconteceu com quatro questões, você acertará pelo menos duas. O mínimo é, afinal, garantido. Respire aliviado (a)!

5) Ufa! A próxima fase é eliminar as alternativas ridículas. Mesmo que você não saiba o gabarito das questões restantes, eliminar as alternativas ridículas aumenta suas chances de sucesso. O que são essas alternativas? São aquelas que têm “armadilhas” que você cansou de ver em sua resolução de exercícios na preparação para o concurso ou que têm informações que o bom senso ou o conteúdo estudado diz serem absurdas. Risque-as, sem dó!

6) Caso você realmente não saiba resolver o restante, mesmo tendo eliminado as alternativas absurdas, é hora de chutar “com categoria”. Isso só vale para FCC e ESAF! No Cespe não é bom chutar num caso desses, sob risco de perder os pontos que você já ganhou. Para chutar bem, verifique o padrão da prova. Todas as matérias têm letras “a”,” b”, ”c”, d” e “e” como resposta? Nesta matéria isso provavelmente ocorrerá também. Se nenhuma letra “a” apareceu, esta letra é forte candidata a gabarito das questões “chutadas”, concorda? Mas lembre-se de mudar a opção de chute caso a letra “a” caia numa alternativa classificada como ridícula. Neste caso, chute na segunda letra que menos apareceu na prova da matéria, e assim sucessivamente.

7) Mantenha a tranqüilidade no restante das provas. A grande maioria dos seus concorrentes também não sairá bem naquela matéria que lhe deu o susto. Esta matéria pode ser uma novidade do edital, um assunto muito específico – como Legislação do MPU, por exemplo - ou uma disciplina cujas questões tiveram cobrança inovada pela banca, que o fez de maneira totalmente diferente daquela adotada em certames anteriores. Tanto faz! Acredite, apenas, que não será a baixa pontuação nesta disciplina que determinará sua aprovação ou não no concurso. Basta fazer o mínimo nela, para não ser reprovado! Sua aprovação no concurso dependerá, na verdade, de seu maior conhecimento nas outras matérias. São elas que “puxarão sua média para cima” e determinarão sua aprovação. Se você estiver bem nessas disciplinas e fizer a prova com calma e confiança, com certeza será aprovado no concurso, mesmo tendo feito uma prova “difícil”.

Bons estudos!
Abraços,
Profª Nádia Carolina

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