terça-feira, 16 de agosto de 2011

As Virtudes do Concurseiro

Olá, Amigos!

É sempre uma alegria escrever-lhes!

Vou trazer até vocês algumas ideias que tenho acerca do que devemos buscar, em nossa vida emocional e cotidiana, a fim de criar condições mais favoráveis para esta nossa árdua caminhada de concurseiros!

Falo deste assunto com muita propriedade! Com a propriedade de quem viveu cada percalço, cada dificuldade, cada momento de desalento e desesperança, tão comuns no dia a dia de quem se propõe ingressar no serviço público...

Vamos ver se vocês adivinham do que venho lhes falar no dia de hoje!

Eu fiz, ao longo de sete anos, cinco concursos para a Receita Federal, quatro para a Polícia Federal, três para Fiscal da Previdência, dois para Fiscal do Trabalho, dois para o TCU, vários e vários para Tribunais (Justiça Federal, Justiça do Trabalho, Justiça Eleitoral, Tribunal de Justiça), Ministério Público da União, Ministério Público Estadual, Fiscos Estaduais, Fiscos Municipais...
Um total de 33 (trinta e três) concursos!
Do que vocês acham que eu precisei?
"Deve ter precisado de muita PACIÊNCIA, não é, professor?"
Exatamente! Precisei de muita paciência!
Paciência para ter que ouvir comentários "desconcertantes", do tipo "você ainda está estudando?"...
Para quem ouve uma frase como esta, a tradução é mais ou menos a seguinte: "Você ainda não desistiu? Não vê que você não vai passar nunca? Você não tem capacidade para isso... Por que não desiste logo?" 
Creiam-me: eu sei o que estou falando.
E sabem de onde costuma vir este tipo de comentário? Vem de pessoas próximas a nós. Pessoas a cujas palavras atribuímos alguma importância!

Se você ainda não sabia disso, aprenda logo: quem tem maior poder de lhe fazer mal é quem está mais próximo de você. 
Eu precisei ter PACIÊNCIA, depois de cada resultado negativo, para olhar para a mesa, empilhada de livros, e pensar com meus botões: "Vamos lá de novo! Mais uma vez!"

Eu precisei ter PACIÊNCIA, meus amigos, depois de cada insucesso, para olhar no espelho e não esmorecer, e acreditar - no mais profundo da minha alma - que a vitória ainda estava por vir, que era só uma questão de tempo, uma questão de persistência...

Eu precisei ter PACIÊNCIA, para ver que estive tão perto de ser aprovado algumas vezes, e por um ponto ou dois, a vaga deixara de ser minha...
Mas toda verdadeira PACIÊNCIA traz consigo uma recompensa!
E a verdadeira PACIÊNCIA é aquela que não anda sozinha: segue de mãos dadas com o ESFORÇO!
No dia de hoje, eu me pergunto se teria paciência suficiente para prosseguir tentando, caso meu nome não estivesse na lista dos aprovados do Fiscal da Receita 2002...
Possivelmente sim. Eu sabia muito bem o que queria.
Ocorreu-me agora contar-lhes a história do cachorro que viu a lebre passando, e saiu correndo em disparada para pegá-la. Outros cães também começaram a correr , não por ter visto a lebre, mas simplesmente para acompanhar aquele que correu por primeiro. Após minutos de corrida, os cães que não haviam visto a lebre começaram a parar, um a um...
Por que pararam? Ora, pararam simplesmente porque não sabiam por que estavam correndo. Até para um cachorro, correr à toa pode parecer algo sem sentido...
Mas o primeiro cão, aquele que viu a lebre passar, este não cessou de correr! Ele não desistiria como fizeram os demais. Ele sabia o motivo do seu esforço! Ele ACREDITAVA que havia razões para seguir em frente! 
Assim, meus amigos, se vocês REALMENTE SABEM por que estão correndo tanto assim, ...("Mas eu estudo sentado, professor!"... Eu sei! Eu falei "correndo" em sentido figurado!)... nada deve lhes fazer desistir do seu objetivo!
Tenham PACIÊNCIA, queridos! Bons empregos e salários dignos esperam por vocês e por suas famílias!
Só para concluir: sabem quantas vezes Walt Disney teve rejeitados seus pedidos de financiamento para construir a Disneylândia?
Alguém sabe?
Trezentas e duas vezes! Trezentas e duas "portas na cara"...
Isso é o que é exemplo de paciência, não é mesmo?
PACIÊNCIA, portanto, é a nossa "virtude" de hoje!
Pensem sobre ela!
Um forte abraço do seu amigo de sempre.
E fiquem todos com Deus!
Prof. Sérgio Carvalho

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