quinta-feira, 29 de setembro de 2011


Muito já se fala sobre a volta da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). Nós, cidadãos, temos medo disso. Xô, imposto! É como se  imposto fosse o gol argentino.
E por falar em Argentina, hoje acontece mais um clássico entre Brasil e Argentina. É o jogo de uma prova: a CPMF já existe. Sim! Já! Ao menos, no nosso Futebol: é a Confederação Prefere Mano a Felipão! Boa! Mas o padrão do verbo é prefere Mano A? Não seria MAIS, DO QUE?
Vamos, então, analisar a tal CPMF futebolística e a regência do verbo PREFERIR.

De acordo com o importante escritor Celso Pedro Luft, em Dicionário Prático de Regência Verbal, editora Ática, o verbo PREFERIR é dar primazia ou preferência a; gostar mais de; escolher ou querer antes. Viu só? É querer antes!
Mano prefere cautela à agressividade.
É verdade! Não há necessidade do comparativo DO QUE. Não há comparação. Não há gosto por agressividade. É cautela total!
Mano prefere corintianos a palmeirenses.
É sempre assim o padrão! Preferir corintianos a palmeirenses. Não há necessidade de palavras como MAIS, MIL VEZES, DO QUE. A preferência é escancarada; é total.
Teixeira prefere mais o Mano do que o Felipão.
Opa! Não existe isso na linguagem padrão! Coincidentemente ou não, é redundância a preferência por Mano. Quem prefere, já prefere, dá gosto total, na íntegra; não há comparação, é o gosto antes. Então, às claras, fica assim nossa TPMF em Língua Padrão: TEIXEIRA PREFERE MANO A FELIPÃO.
Ai, ai! As coincidências lingüísticas e gramáticas! A temida CPMF já existe sim: Confederação Prefere Mano a Felipão. Ah! Fica uma pergunta no ar: será que, pelo menos no Futebol, a CPMF pode deixar de existir?  Que a regência do PREFERIR seja sempre em Língua Padrão!
Um abraço e até a próxima!

Diogo Arrais

Professor da rede LFG

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