quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Ministro Usa Chofer à Francesa 

Achou que não iríamos estudar o caso, né? Depois dos escândalos envolvendo usos da verba pública, Pedro Novais (PMDB-MA) resolveu levar a expressão Ministério do Turismo ao “pé da letra”: usou um funcionário da Câmara dos Deputados como chofer particular. Sim! Isso mesmo! Só deixa a esposa em turnê com chofer! Agora: falem baixinho! Psiu! Psiu! É um chofer à francesa!
Que boas-Novais! Vamos tratar do uso acento GRAVE (bota grave nisso!) em locuções adverbiais femininas; ou seriam locuções (ad)Novais femininas?
Não há macete: expressões femininas, iniciadas por A, adverbiais, como “à maneira de”, fazem uso do acento grave, ou seja, presenciam o fenômeno da Crase. Vejamos os exemplos dados pelo nosso particular chofer gramatical Inocêncio Brasileiro:



Motorista particular, servidor da Câmara, recebe à vista.
 

Não fique cego de raiva! A locução (duas ou mais palavras) À VISTA por ser feminina e iniciada por A, faz uso do acento GRAVE.


Por que o chofer não segue à disposição do povo?
 

Viu a locução À DISPOSIÇÃO do povo? Só aqui mesmo, né? Na prática, ele está à disposição da senhora Novais.


À tarde, o chofer particular, à francesa, comandava turnê.
 

Eita! Agora são locuções gravíssimas. Ambas devem fazer uso do acento grave: À TARDE e À FRANCESA.


Bom! Lembre-se sempre disso: fazer uso do acento grave em locuções adverbiais femininas (aquele conjunto de termos iniciados por A). Se houver dúvida, nomeie um bom chofer particular; faça uma turnê gramatical e aponte a gravidade. Quer sugestões? Não pague com cartões corporativos À NOITE, À ZERO HORA, À VONTADE, À FARTA, À TOA. É! Dilmão em mão, a faxina enche o papo! Salve o uso do acento grave, seu chofer Inocêncio!
Um abraço e até a próxima!


Diogo Arrais
Prof. da rede LFG

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