sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

As bancas examinadoras e seus itens corretos

Sempre achei muito curiosa a relação de amor e ódio que as pessoas nutrem em relação às bancas examinadoras.

Tenho amigos que possuem verdadeira admiração por uma delas a ponto de, ao saber que o “seu” concurso será realizado por outra banca, revoltar-se, tomar as dores, esbravejar – ferido- nos fóruns a injustiça que acabou de ser feita, ainda que a banca examinadora do coração nunca tenha lhe dado tanta bola assim...

O meu conselho é que você trate as bancas examinadoras como seres inanimados, pelos quais você não deve demonstrar emoções ou desejos. Não, muito contrário. Seja muito pragmático em relação a elas.

Você tem de pensar que: “se é assim que ela quer ser tratada, assim tratá-la-ei”. Então, por favor, não discuta com a banca, especialmente na hora da prova. Tente entender o que ela está exigindo de você e, ainda que você não concorde muito, faça a vontade dela. Vai valer a pena!

Eu sempre fui fiel defensora do estudo pautado nas características das bancas e de suas peculiaridades, pois, como se sabe, enquanto uma tem uma “queda” por determinado tema, outra pode ter verdadeiro horror a ele.

Por exemplo, um amigo, professor de Direito Constitucional, provou-me que existe um tema em sua matéria chamado “interpretação constitucional” (não vamos entrar no tema; não faz parte do nosso escopo, aqui) e que, apesar de o CESPE haver cobrado o tema mais de 10 vezes, a ESAF e a FCC, por exemplo, nunca se pronunciaram sobre ele... E é por isso que é tão importante, no cada vez mais concorrido mundo dos concursos, conhecer bem a banca examinadora!

Enquanto concurseira, eu utilizava uma técnica de que gostava bastante e que, salvo melhor juízo, me ajudou bastante nos estudos: estudando por itens anteriores das bancas examinadoras, você se depara com itens corretos que expressam a visão da banca sobre aquele determinado assunto.

Ora, se ela o considerou como correto, é porque acredita naquela teoria que está ali, expressa no item. Então, eu estudava com uma folha aberta (no papel ou no computador) e ia reunindo todos os itens corretos sobre determinado tema.

Você é capaz de, reunindo itens variados, formar um resumo de certo tema somente com os itens corretos daquela banca específica, sabia? Dá um resumo ótimo e, o melhor de tudo, confiável.

Já sei que tem aquele concurseiro desconfiado que só que já está pensando que a banca também erra e que, às vezes, comete deslizes. Eu preciso concordar, mas o fato é que essa lista de itens corretos só deve ser feita com o gabarito definitivo, hein?! Fique atento a isso.

Proponho a você, hoje, portanto, um desafio: procure fazer, sobre determinado tema, um resumo, pequeno, somente com itens corretos da banca, aplicados em provas anteriores. Você vai perceber que é um método de estudo muito eficiente! E, lembre-se, seja pragmático em relação a esses seres....

Um abraço e força na peruca,

Prof. Carolina Teixeira

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